Crónicas de Salto Alto: Sofia em Viagem - Nova Iorque: Central Park, Met e Upper East Side

Se houve uma coisa imprevisível durante a nossa semana em Nova Iorque, foi a meteorologia. Tivemos dias óptimos, um dia de calor insuportável, um dia que começou de sol e acabou cinzento, um dia simplesmente cinzento e um dia de chuva torrencial. Este último foi o nosso segundo dia, terça-feira.

Saímos do hotel e a coisa ainda estava aceitável. Cinzenta, mas aceitável. Tomámos o pequeno-almoço na confeitaria Ferrara, em Little Italy, uma confeitaria que existe desde 1892 e que, aparentemente, foi o primeiro sítio em Nova Iorque onde serviram espresso, coisa que não me interessava minimamente porque não bebo café, mas fui lá atrás dos bolos. Provei o Lobster Tail, uma especialidade da qual não fiquei particularmente fã (demasiado doce) e voltei lá outro dia para comprar umas miniaturas de tartes de fruta e napolitanos que, essas sim, eram divinais.

De barriga cheia, apanhámos o metro e decidimos que íamos dar um passeio pelo Upper East Side (Gossip Girl, anyone?), com direito a uma paragem no Central Park e uma ida ao MET. Efectivamente, demos um passeio pelo Upper East Side (o que eu não gostava de ter entrado num daqueles prédios todos pipis, com porteiro de uniforme à porta, só para ver como são por dentro) mas, quando estávamos a chegar ao Central Park começou a chover torrencialmente, pelo que corremos a entrar no MET (só havia fila para a bilheteira e nós já tínhamos bilhete incluído no New York City Pass). Passámos o resto da manhã e o início da tarde no museu, que tem imensa coisa para ver (embora estivesse à espera de ficar de queixo caído, o que não aconteceu), almoçámos lá dentro (caríssimo! Mas não queríamos voltar para a chuva e ainda tínhamos algumas galerias para ver) e pronto, não me posso queixar, foram umas horas bem passadas. Uma coisa de que gostei (eu e a minha bexiga de grávida) foi das casas-de-banho por todo o museu e que, apesar da afluência, estavam sempre limpas.

Saídos do MET, fomos espreitar a Grand Central Terminal, mais conhecida por Grand Central Station, embora não seja esse o nome. Adorei a estação, era mais um dos lugares icónicos onde queria ir, essencialmente, por já a ter visto tantas vezes nos filmes. Uma confusão de gente, como já seria de esperar, mas mais um sonho realizado. É muito difícil de fotografar a estação e conseguir capturar toda a grandiosidade da coisa, acho que só vendo ao vivo, mas tentei. Ainda nos aventurámos a caminhar sob a chuva, fomos ver o Chrysler Building (voltámos lá depois, com sol) e, por momentos, o homem achou que era boa ideia ficarmos à chuva a ver se víamos passar o Trump, que andava por lá perto, mas acabou por desistir (felizmente) e voltámos para o hotel, onde nos pudemos secar e descansar um bocado as pernas antes de ir jantar. O jantar foi em Little Italy (aconselho muito essa zona para comer) e foi delicioso.

Quanto ao Central Park, voltámos lá mais duas vezes, dessas duas vezes com bom tempo e demos uns belos passeios. O parque é enorme e é impossível explorá-lo na totalidade, mas gostámos muito do bocadinho que vimos. Já agora, ficam a saber que o Central Park é 100% man-built, tudo foi posto ali de propósito para criar um espaço verde no meio da cidade.