sexta-feira, 24 de julho de 2020

Julho (parte 1)

Ainda ontem parece que era Janeiro e já estamos no fim de Julho. Não tenho muito a dizer sobre estes últimos meses, a não ser o que já todos sabemos: foram péssimos. Viagens canceladas, incluindo a Portugal (nunca estive tanto tempo sem ir a casa como este ano, nem quando a Leonor nasceu), trabalho parado (o meu) ou a partir de casa (o homem teve mais sorte e continuou activo), enfim, a cantiga que já todos conhecemos, uma vez que passámos todos pelo mesmo. 

Julho trouxe consigo uma pequena lufada de ar fresco aqui no UK. A nossa creche reabriu, assim como algumas lojas e cafés (aos quais ainda não me sinto bem em ir, a não ser para take-away) e o meu trabalho começa, finalmente, a retomar. 

Para mim, sempre fez sentido a Leonor regressar à creche, desde que cumpridas algumas medidas de segurança, claro. Por muito que ela tenha adorado estar em casa com a mãe e o pai, estava tornar-se bastante evidente que estava, também, entediada e a precisar de interagir com outras crianças. 

Agradeci muitas vezes durante esta quarentena por morarmos numa casa com jardim, onde a Leonor brincou à vontade. Agradeci por morarmos num meio pequeno, que tornou possível saídas à rua para "esticar as pernas" sem termos de nos aproximar de ninguém. Agradeci por a nossa casa ficar a 5 minutos a pé do parque da vila, que é enorme e nunca está demasiado cheio, onde a Leonor podia correr à vontade e ir ver as vaquinhas que andam por lá à solta. Na verdade, e apesar de 2020 estar a ser péssimo, temos muito para agradecer. A começar pelo facto de nós e todos os nossos familiares e amigos estarem bem. 

Felizmente, olhando agora trás, do que mais me lembro da quarentena são coisas boas. Ver a chuva a cair no conforto de casa, receitas de coisas boas, brincadeiras ao sol no jardim, as gargalhadas da Leonor na piscina insuflável, os passeios para ver as vaquinhas, as sestas ao colo no sofa enquanto eu punha as séries em dia. 

Começámos, este mês, a dar alguns passeios ao fim-de-semana e a fazer algumas coisas mais "normais". Ainda não fomos a restaurantes, mas temos andado a explorar vilas e aldeias aqui à volta, assim como parques - alguns que já conhecíamos, outros não - e a vida começa, assim, a ganhar algumas parecença com a vida "normal".

Meias mais fofas
Meias mais fofas


Minha jogadora de futebol

A pôr a leitura em dia





Leonor e as vaquinhas


Andei a mudar os puxadores da cómoda da Leonor


Banhos de sol no jardim

Muitas brincadeiras com água



2 comentários:

  1. Sempre com prudência, claro, mas é bom sentir que começa a haver um pouquinho de normalidade.
    Espero que agosto te traga muitas coisas maravilhosas

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