terça-feira, 13 de maio de 2014

Por cá, a vida continua

Ultimamente, não me tem sido possível vir muito ao blogue. Ainda não tenho casa própria (nem nada próprio) aqui em França, pelo que a minha acessibilidade à internet é muito, muito, muito limitada.
Já estou a trabalhar outra vez, mas menos horas  por semana que em Portugal. Tenho um horário que, apesar de ser um horário a tempo inteiro, está organizado de maneira a ter três dias e meio livres por semana, o que é fantástico. Isso quer dizer que, por exemplo, hoje trabalhei de manhã e agora só volto a trabalhar na quinta-feira. Como tal, espera-me uma tarde super agradável enfiada na cama (aqui está frio. Frio do género de ter caído granizo durante a manhã) a ver filmes e uma ida ao ginásio mais para o fim do dia.

E saudades? Muitas. Bom, muitas até ter preenchido os papéis do IRS na semana passada e de ter perdido alguns anos de vida quando vi quanto é que tinha a pagar. Tenho a dizer que, se estivesse em Portugal, não ia poder comer no mês de pagar os impostos. Como não estou em Portugal, posso concluir que o IRS foi o estalo na cara de que eu precisava para deixar de ter vontade de chorar pelos cantos por estar longe de casa. 
Entretanto, e por falar em casa, mandei à minha mãe uma lista enorme de coisas que quero que ela me mande para cá. Houve outras coisas que não pude pedir porque, enfim, não se pode ter tudo. Deixo a sugestão, a quem quiser, de começar a comercializar frutas e legumes de Portugal por estes lados... os produtos hortícolas franceses, além de serem ao preço do ouro, têm uma qualidade de merda fraquinha. Podem, também, vender água engarrafada (já referi num texto anterior que a água francesa é verdadeiramente intragável) e arroz (aparentemente, aqui só se come arroz basmati). Fora isso e a falta de higiene generalizada, é um país minimamente civilizado. Tenho pena de não ter cá a minha família, o meu namorado, os meus amigos, os meus gatinhos... É, obviamente, a parte difícil disto tudo. Mas, a vida é assim. Para se ganharem umas coisas, abdica-se de outras.

No geral (e, para já), o balanço está a ser positivo.

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