quarta-feira, 28 de junho de 2017

ACMA | Sobre as festas de anos



E cá estamos, malta, no fim de junho, que é como quem diz “no fim da primeira metade do ano” (que, já agora, está a passar a voar). E o que é que chegou com o fim do mês de junho? A minha segunda participação no ACMA – A CULTURA MORA AQUI!

Se para a minha primeira publicação dentro deste projeto não tive muita dificuldade em arranjar assunto, para este já foi mais difícil pois, como sabem, não me têm faltado coisas sérias em que pensar. Mas, como sou uma mulher de palavra e me comprometi a participar, não queria falhar, portanto, cá estou eu com o meu segundo post.

Desta vez, o desafio era falar de festividades. Imediatamente, soube que queria escrever um texto “feliz” porque, para mim, festa é sinónimo de alegria. E que festividades é que me trouxeram mais alegria ao longo da minha vida? As minhas festas de anos.

Eu sou uma pessoa que adora fazer anos! Tenho pena de não os poder festejar como gostaria, por razões que agora não são para aqui chamadas, mas, quando era criança, as minhas festas de anos eram a melhor coisa da vida e só tenho a agradecer à minha mãe por isso. Ela não se poupava a esforços nas minhas festinhas de aniversário. Ainda não existiam os bolos de aniversário e os cupcakes e cake pops chiques que podemos encontrar agora em todo o lado, a oferta de ideias decorativas era bem mais limitada e as festas infantis ainda não eram todo o evento glamouroso que são agora. Só precisávamos de nos juntar em casa do aniversariante, ter meia dúzia de bicos-de-pato com fiambre e espaço para brincar e estava a festa feita (e nunca ninguém saía de lá desiludido). Mas isto não era suficiente para a minha mãe, que perdia horas e horas de vida a preparar sandes e a dispô-las em pratinhos, todas bonitinhas; a fazer tabuleiros de gelatina que ia ser cortada em cubinhos para serem servidos em forminhas de papel; a fazer bolinhas de melão e meloa; a enfeitar copinhos de mousse de chocolate; a espalhar rebuçados pela mesa; a cortar fatias iguais de bola de carne. E depois havia as decorações, que eram sempre pensadas ao pormenor. Lembro-me de um aniversário em que a minha mãe comprou rolos e rolos de papel de crepe e passou dias a fazer borboletas e flores gigantes para colar nas janelas e lembro-me de me sentir a criança mais sortuda do mundo, porque tinha uma mãe que sabia fazer coisas tão giras para mim!

Por último, mas não menos importante: as brincadeiras. Como faço anos em setembro (já agora, fica a dica, comecem a pensar nas prendas enquanto ainda têm tempo!), normalmente, ainda costuma estar bom tempo, pelo que podíamos sempre ir brincar ao ar livre e até nisso tinha a sorte de ter toda uma panóplia de jogos preparados: furar um balão cheio de rebuçados com os olhos vendados, corridas de sacos, a macaca (quem se lembra de jogar à macaca?) e muitos, muitos mais!

Não consigo evitar um sorriso quando me lembro das minhas festas de aniversário em criança. Eram dias de pura felicidade! Acho que é por isso que gosto tanto de andar pelos facebook’s e instagram’s desta vida, a ver fotos atrás de fotos de festas infantis, que agora são bem mais sofisticadas do que quando eu era criança. E só espero que, se um dia tiver que organizar festas infantis, consiga ter metade da paciência e do bom gosto que a minha mãe teve a preparar as minhas, porque são realmente dias que nos devem marcar pela positiva e dos quais devemos guardar sempre memórias felizes.


E pronto, cá ficou o meu testemunho sobre o tema das festividades. Espero que tenham gostado e já sabem que se quiserem juntar-se ao projeto ACMA, é só mandarem um mail para acma.cultura@gmail.com

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