sexta-feira, 10 de janeiro de 2014

Orelhudos

Gostava de aproveitar este espaço para reflectir um pouco sobre uma temática que me anda a dar que pensar: os casacos com orelhas.
Pessoalmente, adoro. Em crianças. E crianças relativamente pequenas. Ficam uns amores cutxi-cutxi-coisas-boas. Mas, ultimamente, tenho visto pessoas adultas com a dita cuja da indumentária. Não uma, não duas, não meia dúzia, mas uma praga delas por aí a caminhar pelas ruas. Até consigo dar o desconto às adolescentes confusas com o rodopio de hormonas, mas pessoas adultas, maiores e vacinadas com casaquinhos felpudos com orelhas no carapuço? Ah, não há paciência. O mundo está perdido. Roupões com orelhas consigo achar fofos. Um gorro, vá, assim na loucura. Mas, casacos não, minha gente. Ninguém consegue levar a sério alguém que tem umas orelhas felpudas com um estampado animalesco qualquer espetadas no alto da cabeça. A sério, uma pessoa pode tentar, mas não dá. A boca mexe, por vezes até se pode apanhar uma palavra perdida lá pelo meio, mas a nossa atenção está toda nas orelhas. As orelhas que deviam estar na cabeça duma criança de colo e não na de um adulto, mas eis que ali estão elas, em todo o seu esplendor, a encarar-nos de frente.
Já tentei ver o lado bonito da coisa, o lado aceitável, pelo menos, mas não consigo. Isto ultrapassa-me, a sério.
Pessoalmente, não tenho nada contra a ideia de que cada um se veste como quer, mas esta moda está a fazer-me espécie e espero que não tenha vindo para ficar.
Será que estou sozinha no mundo?

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