Não sei em que dia exacto cheguei a França, mas sei em que dia começou o meu contrato de trabalho: 2 de Maio de 2014, ou seja, há 2 anos atrás.
2 anos.
Muito se passou nestes 2 dois anos: muitos jantares, muitas horas em aeroportos, muitas gargalhadas, muitas histórias caricatas para contar, muitas lágrimas, muitas saudades. É uma sensação engraçada, parece que estes anos passaram a voar (2 anos? Já?) e, ao mesmo tempo, tenho a impressão de que já estou aqui há uma vida inteira. Os dias de ser explorada em Portugal ficaram para trás, bem longe, não existem mais a não ser em memórias remotas, bem guardadas nos recônditos mais profundos da minha memória.
Ultimamente, tenho falado em voltar a mudar. Vai acontecer, eventualmente. Mas vai-me custar. Nunca pensei vir a dizer isto, mas vou ter saudades de Troyes. Vou ter saudades do meu apartamento minúsculo e das pessoas que trabalham comigo. Aqui cresci muito, pessoal e profissionalmente. Aprendi aquilo a que tenho direito e muito dificilmente me voltam a apanhar a aceitar trabalhar em condições da treta. Aprendi, também, que Portugal não é o pior país do mundo. Aprendi que os portugueses não são os piores do mundo. Nem de longe, nem de perto.
Quando cheguei a França, vinha cheia de dúvidas. Emigrar nunca tinha feito parte dos meus planos de vida. Sempre achei que ia conseguir "desenrascar-me" em Portugal. E consegui. Mas, rapidamente, dei por mim a chegar ao meu limite e a perceber que "desenrasque" é dificilmente compatível com "viver". Não foi difícil chegar à conclusão de que as coisas não haviam nunca de melhorar, que ia ser sempre aquilo, aquelas condições, por muitos e muitos anos. Portanto, acabei por desistir e emigrei. Nunca pensei que fosse aguentar 2 anos. 1 ano parecia-me uma boa meta e cheguei, mesmo assim, a pensa que não ia conseguir. Mas consegui, um dia de cada vez. E, com jeitinho, ainda chego aos 3.
Venham os 3, então. :) E depois que haja ainda mais felicidade, vás tu para onde fores.
ResponderEliminarObrigada (= beijinho
EliminarÉs uma lutadora! Parabéns!
ResponderEliminarbeijinhos
http://direitoporlinhastortas-id.blogspot.pt
Oh, obrigada (=
Eliminarbeijinhos
Como te compreendo querida. Emigrar é mais difícil do que se pode imaginar mas somos uns felizardos por conseguirmos emigrar e viver. Em Portugal já não era possível.
ResponderEliminarParabéns pelos 2 anos :)
Obrigada pelas palavras (= tu também estás de parabéns! Venham os próximos anos (=
EliminarEntendo bem o que sentes, viver e sobreviver são coisas bem diferentes... e eu acho que só quando se sai de Portugal é que se entende até que ponto as pessoas são exploradas por lá.
ResponderEliminarQue venham os 3 e aproveita bem esta oportunidade. Estás de parabéns! :)
Obrigada (= beijinhos
EliminarParabéns! Que tudo corra sempre da melhor maneira pra ti querida.
ResponderEliminarBeijinho grande
http://themarielement.blogspot.pt/
Obrigada, um beijinho (=
EliminarMuitos parabéns pela ousadia... arrisca!
ResponderEliminarJá dizia o outro... quem não arrisca, não petisca! =P
EliminarSair do lugar de conforto, junto dos nossos não é fácil, mas a tua coragem é de louvar, serão talvez 3 em Troyes e muitos mais noutro lugar. Parabéns, és uma grande mulher :) Beijinho
ResponderEliminarOh, obrigada (= essas palavras significam muito! Beijinhos
EliminarViver longe de casa é uma das coisas mais dificeis que existe. E é engraçado que quanto mais "velhos" ficamos, mais as saudades aumentam,
ResponderEliminarBeijinhos
É mesmo, tens toda a razão...
Eliminarbeijinhos
Não é fácil, parabéns pela força!
ResponderEliminarJá conhece meu blog?
Blog It's Gaby
Canal no Youtube
Beijos
Obrigada, um beijinho
EliminarNão deve ser nada fácil! Mas devemos seguir os nossos sonhos!
ResponderEliminarBeijinhos
http://amiudablogger.blogspot.com
Não, não é fácil. Mas vale a pena.
Eliminarbeijinhos
Parabéns pela tua força e resistência!
ResponderEliminarObrigada (=
EliminarÉ mesmo! Obrigada, beijinhos
ResponderEliminaré preciso muito coragem vai partir :)
ResponderEliminarE ainda mais para ficar =P
EliminarAdmiro a tua coragem, de verdade. Eu penso que não seria capaz. Mas acho que é, sobretudo, pelo meu filho. Não seria capaz de o arrancar da vida que ele tem aqui e, principalmente, de afastá-lo dos meus pais e da minha irmã.
ResponderEliminarEu não tenho filhos... se tivesse, acho que talvez não tivesse saído...
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