E cá estou eu de volta a casa! Por pouco tempo, claro. Depois, segue-se o estrangeiro. Mas não nos vamos prender muito a esse tema, senão vem-me já parar a lágrima ao canto do olho.
Ontem foi dia de arrumar tudo em caixas, sacos e saquinhos, encher a mala do carro (sempre com o homem a protestar "não cabe mais", mas coube) e de me fazer à estrada para voltar para casa. Tive sorte que S. Pedro foi amigo e nos deixou fazer a viagem sem chuva e sem nevoeiro, tive azar que os gatos assustaram-se e fizeram um presente a meio da viagem. O homem vinha precavido com uma lata de Air Wick de lavanda, que passou o tempo a pulverizar para todo o lado, qual maníaco obsessivo-compulsivo, até estarmos a viajar no meio duma saqueta de Raid anti-traças gigante. Queixei-me que estava a ficar enjoada e a solução foi abrir as janelas, pelo que me vi forçada a viajar de casaco apertado e carapuço na cabeça e mesmo assim, hoje doem-me os ouvidos. Homens, enfim! (Já disse que o excelentíssimo do meu namorado acha que teve um micro avc porque anda com muitas dores de cabeça? Havias de ter o período todos os meses para veres a dor de cabeça! Mas ri-me muito com isto.)
Agora estou em casa, a gozar os confortos do lar... Ou não, porque passei o dia todo na rua, à chuva e ao frio, o carro avariou e estou mais cansada do que quando cheguei. Tenho mil e uma coisas para tratar, papéis que é preciso arranjar (o preço do papel neste país está muito caro, hoje cobraram-me 5€ por uma mísera página impressa), documentos para mandar traduzir, mais um bocado de francês para estudar... E, a parte pior, muitas despedidas para fazer.
Mas estou em casa. E estou feliz. (=
Sem comentários:
Enviar um comentário