quarta-feira, 17 de setembro de 2014

Complicações

Estes franceses são muito complicados. Muuuuito complicados. E é que complicam o que é simples, que ainda é pior. Desde que me mudei para o meu apartamento (já lá vai quase um mês) que têm sido umas atrás das outras. Ora vejamos.
Ainda não consegui com que me enviassem uma cópia do contrato da EDF (a EDP cá do sítio) embora, segundo eles, já tenham enviado duas cópias. Lá que o dinheiro já foi descontado da minha conta, isso foi. Mas um papel, um contrato, alguma coisa que se veja, isso nada.
Depois foi o seguro do apartamento. Escreveram mal a morada para me enviarem a factura e eu poder pagar (quis pagar tudo logo na altura da subscrição mas, como sempre, houve "um pequeno problema técnico" e pediram-me para pagar depois) e, apesar de terem o meu número de telemóvel, ninguém foi capaz de pegar no telefone e de me ligar a perguntar se tinha recebido a dita cuja da factura. É que isto de pegar num auscultador de telefone e marcar uns números é coisa que dá uma trabalheira do caraças e francês que é francês está habituado a ganhar muito para fazer pouco (sim, há excepções, claro. A minha assistente, por exemplo, que é uma máquina). Ficaram à espera que eu me lembrasse de lá ir perguntar o que raio é que se passava e depois, no meio de muitas desculpas, ainda me dizem que estava quase a perder o seguro por falta de pagamento.
E a SFR? Beeeem, é que com esses nem sei por onde começar. Uma coisa tão simples como fazer um contrato de internet e televisão e já meteram o pé na argola de tantas, mas tantas maneiras que, da última vez que falei com o serviço de apoio ao cliente ao telefone até me deu pena da funcionária, que me pareceu que mais um bocadinho e começava a chorar. Eu sou muito paciente, mas quando me enervo, enervo-me à séria.
E, claro, faltam aqui as peripécias com o serviço de entregas, que também ainda hão-de ouvir das boas.
Resumindo, ainda bem que os franceses e a França existem. Ainda bem que nos recebem cá e que nos deixam vir trabalhar e ganhar dinheiro (assim como assim, trabalhar é uma coisa que não gostam muito de fazer). Mas, se alguém estiver a pensar em mudar-se, encham-se de paciência e mentalizem-se de que não vão, nunca, sob circunstância alguma, conseguir com que alguma coisa seja feita (bem feita, pelo menos) à primeira. 
E, dito isto, só tenho a acrescentar que continuo sem internet em casa. Ah, merde.

3 comentários:

  1. Estou a ver que as burocracias não são só por cá!

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  2. Por isso é que dou imenso valor ao trabalhador Português...

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  3. Eh pah mas isso é uma grande chatice... papeladas, burocracias... detesto

    Sónia
    www.tarasemanias.pt

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