Não tenho tido grande coisa sobre a qual vos escrever porque, ao contrário da política nacional, a minha vida não tem tido nada de excitante nem de emoções fortes.
Excepção feita para o meu encontro de ontem de manhã com uma criatura cinzenta, rastejante e de várias patas que estava, confortavelmente, instalada na minha mesa de jantar. Não costumo matar estes bichos, não por uma qualquer razão moralista, mas porque me metem um nojo tremendo. É físico. Mas ontem teve que ser, um bicho a rastejar em cima da minha mesa é bem mais do que aquilo com que estou disposta a viver. Reuni toda a coragem que me foi possível (às 7 da manhã uma pessoa ainda não está com as suas capacidades em pleno, felizmente), disse uma mão cheia de palavrões (que isto duma pessoa ter que se enervar quando ainda nem conseguiu abrir os olhos não está com nada) e passei à acção.
Eu sei, eu sei que é tudo extremamente simples, é só pegar num papelinho e tratar do assunto duma vez, livrando-me, de seguida, dos restos mortais da minha vítima com uma descarga de autoclismo. Mas não, comigo nunca é assim tão simples. Só a ideia de ter que me aproximar duma coisa daquelas é suficiente para me deixar nauseada (física e literalmente nauseada). Portanto, armei-me o melhor que pude: saquei duma colher de pau velha, enrolei toalhas de papel à volta da colher e, pensava eu, isto ia ser o suficiente para me livrar do meu visitante indesejado num instante.
Pois, só que não.
O estupor do bicho mal sentiu a minha presença ameaçadora, de colher de pau em riste, largou a correr (rastejar? Não sei, mas era rápido com'ó catano) em S's por cima da mesa e assim passámos uns bons 5 minutos: ele a correr pela sua vida e eu a bater desenfreadamente com a colher de pau na mesa, o que resultou naquilo que imagino que tenha sido um despertar extremamente agradável para o meu vizinho do andar de baixo (desculpe lá qualquer coisinha, sim?). Agora que tento visualizar a cena, deve ter sido qualquer coisa digna de se ver e, por isso mesmo, ainda bem que não há testemunhas.
Conclusão da história: fiquei sem colher de pau, que a pobre não resistiu a tanta pancada e partiu-se em dois. O bicho, consegui apanhá-lo e que descanse em paz, o estupor, que me fez perder uns bons anos de vida (a mim e, com certeza, ao meu vizinho).
Espero que a Carlota não tenha visto isso senão vai fugir ��
ResponderEliminarVai sofrer de stress pós-traumático =P
EliminarKkkkkk
ResponderEliminarSó rir a imaginar a cena.
Eu cá não me incômodo muito com essas coisas. Vou lá e zás, sem dó nem piedade! (tu não imaginas a bicharada que viaja aqui por casa em Angola.....)
Não imagino, nem quero ;p
EliminarAiii credo! Era uma centopeia? Diz-me que não era uma centopeia.. Já te contei da casa das baratas? :p fica atenta aos meus novos posts :p
ResponderEliminarEu estou sempre atenta, tu é que não os escreves!!! =P
EliminarOlha que chatice.....e lá se foi a colher de pau que faz tanto geito.
ResponderEliminarOlha eu para apanhar bichos sou um zero
:(
Pois, dava jeito, mas já não dá mais =P
EliminarAi fartei-me de rir a imaginar a cena hilariante!! ahahah xD
ResponderEliminarbeijinhos
http://direitoporlinhastortas-id.blogspot.pt/
Foi, realmente, foi =P
EliminarAhahah, como te compreendo!
ResponderEliminarUfa, alguém que me compreende ;p
Eliminareheheh odeio essas bichezas, só me atiro a elas se não houver mais ninguém em casa para as matar :))
ResponderEliminarEu nunca tenho a hipótese de ter mais alguém cá em casa... ou sou eu, ou sou eu =P
EliminarEu também não consigo matar bichos. Não pela moralidade, mas pelo sentimento de nojo que se apodera de mim.
ResponderEliminarComo te compreendo...
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