E cá está de volta a rubrica mais espectacular de sempre!
Para quem anda a dormir e não sabe do que se trata, nesta rubrica faço uma entrevista (uma coisa ligeirinha, que para dramas já cada um tem a sua vida) a um(a) emigrante. Eu pergunto e eles respondem (parece-me que é assim o procedimento normal para uma entrevista) e depois eu partilho convosco.
Desta feita, para a segunda edição da rubrica, decidi entrevistar a Cláudia. E quem é a Cláudia, perguntam vocês? A Cláudia é um dos membros do nosso grupinho aqui de França, um membro espectacular, que está a viver em Chaumont e que faz uns bolos de comer e chorar por mais. Por isso mesmo é que eu, que me interesso tanto por cozinha como por pesca desportiva (que é NADA, se estiverem com dúvidas), passo a vida a mandar-lhe os mais variados links com receitas fantásticas, assim a ver se a coisa pega (entre ela e a Isabel, costuma pegar. Sou uma pessoa cheia de sorte, quando elas se chatearem e me mandarem a mim cozinhar é que vai ser pior, mas pronto). Vamos então à entrevista?
'Bora lá, malta!
1 - Há quanto tempo saíste de Portugal:
Há um ano e dois meses. (Fui verificar aos arquivos e confere.)
2 - O que te levou a tomar a decisão de sair:
A falta de respeito que as entidades patronais e respectivas assistentes têm perante os médicos dentistas, o facto de ter de pedir para receber o que é meu por direito, ou seja, a falta de boas oportunidades. (Falta de respeito por parte das entidades patronais? Falta de boas oportunidades? Internem esta mulher, que ela está louca! Onde é que já se viu alguma dessas coisas acontecer em Portugal? Pff, esta gente gosta é de falar mal.)
3 - A saber o que sabes hoje, voltavas a tomar a mesma decisão?
Sim, sem pensar duas vezes. Mas, definitivamente, tomava-a mais cedo.
4 - Descreve a tua experiência em França em 5 palavras:
Cinco palavras? Não és pobre a pedir, não. (Já sabes como é, eu tenho horror a pobre.) Ora: realização, aprendizagem, superação, adaptação, amadurecimento! (Ponto de exclamação!)
5 - 3 coisas (coisas, não pessoas) que trarias de Portugal, se pudesses:
A minha casa, o parque nascente e o ginásio. Os meus cães não são pessoas, mas também não são coisas, contam? (Não, não contam, lamento. Só contam objectos inanimados, senão vocês faziam-me listas intermináveis.)
6 - Em que é que sentes que a tua vida mudou, para melhor e para pior, com a mudança para França?
Para melhor foi, definitivamente, por ter alcançado a minha independência financeira e, com isso, a possibilidade de realizar alguns sonhos, ser respeitada no meu local de trabalho e ser justamente remunerada. Para pior, mudou por estar longe dos que mais amo, mas o longe se faz perto e o skype é uma grande ajuda para encurtar a distância. (Muito bem, esse é que é o espírito!)
7 - Um conselho que darias a ti própria, se pudesses voltar atrás no tempo:
Diria a mim mesma para não me sujeitar a tanta coisa como me sujeitei. (Leram bem, malta dos recibos verdes, dos estágios profissionais e de tantas outras situações laborais de sonho?)
8 - Um conselho para a nossa geração (e para as futuras) dentro e fora de Portugal:
Lutem pelo que querem, sem passarem por cima de ninguém (sempre a manter o nível, muito bem), seja dentro ou fora de Portugal. E sejam felizes.
9 - O que achas essencial mudar em Portugal?
A atitude das pessoas, que têm que começar a lutar pelo que querem e precisam. Acho que isso seria um bom começo.
10 - Onde te vês daqui a 5 anos? E daqui a 10?
Gostava muito de já estar em Portugal, perto dos que gosto e realizada profissionalmente. Não sei se será possível mas, se quiseres, daqui a 5 ou 10 anos volto a responder-te a mais umas perguntas. (Está marcado!)
Cá está a nossa Cláudia. Fez batota e mandou-me uma foto em Paris, mas vamos fazer de conta que é Chaumont. |
E pronto, pessoas, está acabada a edição de hoje da rubrica Perguntas de Salto e Respostas de Alto. Espero que tenham gostado. Podem sempre enviar sugestões de perguntas por email ou nos comentários, aos quais eu prometo que estou sempre atenta, e lembro que podem também fazer like na página de facebook do blog.
Excelente como sempre. Beijinho para as duas SM
ResponderEliminarObrigada! Um dia destes entrevisto-te a ti (;
EliminarQue duas que se juntaram... Estou a gostar muito do trabalho que estás a fazer Sofia :) parabéns pelas duas entrevistas dá para estar por perto embora estando longe de vocês. beojo grande
ResponderEliminarTens que nos vir cá visitar!!! (= beijinhos
EliminarGostei muito! Da entrevista, das respostas :) bjs
ResponderEliminarObrigada (=
EliminarGosto de gente batalhadora!
ResponderEliminarBatalhadora? Por aqui só há preguiçosos ;p
EliminarO mais engracado, 'e que rejeitamos o nosso pa'is e achamos que foi a melhor decisao. Mas no fim queremos voltar para l'a. Vamos dar sempre uma segunda oportunidade.
ResponderEliminardesculpa os erros, teclado ingles.
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Não será sempre... mas sim, alguns de nós gostariam de dar uma segunda oportunidade. O problema é que não há "oportunidade" à vista =\
EliminarGostei imenso! É sempre bom saber que apesar das dificuldades que se sentem quando se emigra há sempre muitos factores compensatórios!
ResponderEliminarbeijinhos
http://direitoporlinhastortas-id.blogspot.com/
Sim, há sempre factores compensatórios. Senão ninguém emigrava =P
EliminarGostei muito e é uma grande ideia este tipo de entrevistas, principalmente porque a blogosfera está cheio de jovens :)
ResponderEliminarObrigada (=
EliminarGostei. Não me canso das histórias dos outros emigrantes :)
ResponderEliminarPartilho contigo o mesmo gosto por ler :)
ResponderEliminarBj S