... come again another day. De preferência, um dia em Outubro, daqui a 6 meses, e deixa-nos aproveitar a primavera, por favor.
A primavera chegou há um mês e houve ali uma altura em que eu ate já estava a ficar animada e mais bem disposta e com vontade de ir às compras e de pensar nas minhas férias. Pois que este fim-de-semana voltou a chover, arrefeceu imenso e eu, que já me estava a preparar para lavar e guardar o meu edredão de inverno, voltei a deparar-me com noites em que os termómetros chegam aos 0ºC e, não só tive que deixar o edredão no sítio, como tive que ir buscar os pijamas de inverno. Toda uma tristeza!
E eu não preciso de tristezas nesta fase da minha vida, que já anda triste por si só. A Isabel (uma das minhas melhores amigas, que vivia em Troyes e é a razão pela qual eu vim para cá trabalhar) foi embora no início do ano e está a começar a ser difícil estar aqui. Nos fins-de-semana acabo sempre por ir a casa de alguém ou ter alguém a vir a minha casa, mas o problema tem sido o dia-a-dia. Acordar, ir trabalhar, sair do trabalho e voltar para casa. Para o silêncio das minhas quatro paredes. Todos os dias. Ando numa fase de desmotivação profunda e isso tem-se notado no blog, peço desde já desculpa. Só me apetece fazer as malas e ir embora. Mas ir embora para onde? Portugal continua a estar um bocado fora de questão, o desemprego não me apela minimamente e ser explorada apela-me ainda menos. E depois há outra questão, já há quase 2 anos que estou aqui, já me habituei ao meu trabalho e às minhas colegas, sobretudo à minha assistente, e não me apetece deixar estas pessoas todas para trás. Mas, depois dou por mim a passar o dia inteiro em pijama e odeio esta sensação de nada para fazer, literalmente, nada. E sei que tenho que mudar. Não sei para onde, não sei quando, não sei como. Mas dei a mim mesma até ao fim do ano para me decidir.
Se dependesse só de mim, pegava já nas coisas e ia para uma ilha tropical trabalhar em frente à praia (Martinica, me aguarda). Mas não depende só de mim, tenho um namorado em Portugal, que não está nada decidido a sair de lá. Decisões, decisões. Ser adulto é espectacular, toda a fase da minha vida em que os meus pais tinham o direito de decidir por mim foi horrível. Bem, não toda, fui uma criança muito feliz, mas lá pelos 11 anos, com o divórcio e todo o circo que veio atrelado, foi horrível. E agora não é horrível, agora é perfeito. Mas é difícil na mesma.
Bem, sol, espero que apareças em breve, porque tenho a certeza que me vou sentir muito melhor!